São José do Ipiranga | R. Brg. Jordão, 560 - Ipiranga/SP
Fone/Fax: (11) 2063-1818/2063-2523

Via Crucis ou Via Sacra?

Via Crucis ou Via Sacra?

A Via Crucis ou Via Sacra (como é mais comumente chamada) é uma das mais antigas formas de se meditar a Paixão de Cristo. É um termo de origem latina que significa “caminho sagrado”: Nada mais é que o trajeto percorrido por Nosso Senhor com a Cruz às costas, desde o pretório de Pilatos, onde foi condenado à morte, até o Calvário, onde foi crucificado. 

Há relatos não confirmados de uma piedosa tradição segunda a qual ninguém menos que à ”Virgem Maria” teria dado início a este santo exercício da Via Sacra. Após a morte de seu divino Filho, seja sozinha, seja em companhia das santas mulheres, ela teria refeito constantemente a via crucis, isto é, o “caminho da Cruz”.

Seguindo o exemplo de Nossa Senhora, os fiéis da Palestina e também ao longo dos anos, numerosos peregrinos de todos os lugares do mundo procuravam visitar aqueles lugares que foram cobertos pelo suor e pelo sangue de Jesus Cristo; e a Igreja, a fim de encorajar-lhes a piedade, abriu a esses peregrinos seus tesouros de bênçãos espirituais. 

Como, porém, nem todos podem ir à Terra Santa, a Santa Sé autorizou que fossem erigidas, nas igrejas e nas capelas de todo o mundo, cruzes, pinturas ou baixos-relevos representando as tocantes cenas que se passaram na estrada verdadeira ao Calvário, em Jerusalém.

Ao permitir a construção dessas “estações”, como são chamadas, que normalmente são em número de 14, os Pontífices Romanos, que compreendiam toda a excelência e eficácia desta devoção, se dignaram também enriquecê-las de todas as indulgências que frutificariam de uma visita de verdade à Terra Santa. 

Ainda hoje, segundo o Manual das Indulgências, “concede-se indulgência plenária ao fiel que fizer o exercício da via-sacra, piedosamente”, levando-se em conta o seguinte (conc. 63): 

  1. “O piedoso exercício deve-se realizar diante das estações da via-sacra, legitimamente eretas. 
  2. Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estações de Jerusalém. 
  3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exercício consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas orações. Requer a piedosa meditação só da Paixão e Morte do Senhor, sem ser necessária a consideração do mistério de cada estação. 
  4. Exige-se o movimento de uma para a outra estação. Mas, se a via-sacra se faz publicamente e não se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estações, enquanto os outros ficam em seus lugares. ”

OBS.: Essa indulgência pode ainda ser lucrada todos os dias do ano e aplicar-se aos fiéis defuntos como sufrágio. 

 Por isso, sempre devemos meditar os sofrimentos de nosso Redentor.

A Quaresma, porém, é um tempo ainda mais propício para isso, especialmente nas suas duas últimas semanas, tradicionalmente denominadas de “Tempo da Paixão”.

As meditações da Via Sacra são baseadas nas 14 estações ou etapas em que se apresentam as cenas da Paixão de Cristo a serem meditadas pelos Seus seguidores e devotos:

Jesus é condenado à morte
Jesus carrega a cruz às costas
Jesus cai pela primeira vez
Jesus encontra Sua Mãe
Simeão de Cirene ajuda Jesus
Verônica limpa a face de Jesus
Jesus cai pela segunda vez
Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
Jesus cai pela terceira vez
Jesus é despojado de Suas vestes
Jesus é pregado na cruz
Jesus morre na cruz
Jesus é descido da cruz
Jesus é sepultado

Por Marcos Mendes

Tags: , , , , , ,