Uma reflexão sobre a festa de Pentecostes

Dentro de poucos dias a Igreja comemora a festa de Pentecostes. Transcorridos 50 dias após a Páscoa, Jesus, reúne os discípulos e avisa que volta para o Pai, como ainda não entendiam muito bem ficaram profundamente desanimados. Ele disse: “No entanto é de vosso interesse que Eu parta “pois, se Eu não for, o paráclito não virá a vós. Mas, se Eu for, enviá-lo-ei a vós “ (Jo 16,7). É uma promessa surpreendente, seus discípulos nem tinham tido muito tempo para se acostumar com o fato extraordinário e absolutamente desconhecido da Ressurreição e agora Ele lhes anuncia outro acontecimento totalmente novo – eles receberiam o Espírito do próprio Deus!
Mesmo que muito se esforçassem, não era possível imaginar o que veriam poucos dias depois. Como o medo dos judeus era muito grande, se fecharam numa sala junto a Maria e em oração aguardaram.
E eis que o Espírito de Deus chega com todo poder e seus olhos viram coisas por demais extraordinárias: vento impetuoso, fogo sobre as cabeças, uma explosão de incontrolável alegria interior, uma vontade imensa de sair e anunciar a Boa Nova… Nada e nem ninguém seria capaz de detê-los. Finalmente estavam preparados para o projeto salvifico do Pai – era o nascimento da Igreja. Agora, tudo estava claro e não havia dúvidas. Foi para isso que Jesus os tinha escolhido e eles se entregariam com profundo amor à missão que receberam.
E nós, aqui, 2000 anos depois?
Nós também vamos receber a efusão do Espírito Santo, o Sopro de Deus. Não haverá chamas sobre nossas cabeças, mas haverá, sim, um revigorante fogo no coração, que nos impulsionará a confessar sem medo nossa fé e nos revestirá de entusiasmo para anunciar suas maravilhas. O Divino Espírito Santo vindo do coração aberto de Jesus se fará presente em nós com a mesma intensidade daquele dia, porque Deus quer transformar nossas vidas e nos fazer felizes. Vamos recebê-lo com amor, sem medo, confiantes, colocando N´Ele a nossa esperança.
Para finalizar eis as palavras do Papa Francisco, proferidas por ocasião do Pentecostes de 2017:
“O Espírito Santo torna possível esta esperança invencível, dando-nos testemunho interior de que somos filhos de Deus e seus herdeiros”. O Espírito Santo “faz com que sejamos semeadores de esperança” e “consoladores e defensores dos irmãos”.
Escrito por: Eliana Galván Gil